Como as forças competitivas moldam a estratégia (michael e. porter)
CAPITULO 2 - COMO AS FORÇAS COMPETITIVAS MOLDAM A ESTRATÉGIA (Michael E. Porter)
Extraído de: Como as Forças Competitivas Moldam a Estratégia MONTGOMERY, Cynthia A.; PORTER, Michael E. Estratégia: a busca da vantagem competitiva. Rio de Janeiro: Elsevier, 1998 – 13ª Reimpressão.
A essência da formulação estratégica é lidar com a competição. Entretanto, tende-se a perceber a competição de forma muito limitada e pessimista. Muito embora ouçamos argumentações contrárias por parte de executivos, a competição intensa em um setor industrial nada tem a ver com coincidência nem com as adversidades da sorte.
Além disso, na luta por participação de mercado, a competição não se manifesta apenas através dos demais concorrentes. Pelo contrário, a competição em um setor industrial tem suas raízes em sua respectiva economia subjacente e existem forças competitivas que vão bem além do que esteja representado unicamente pelos concorrentes estabelecidos nesse setor em particular. Os clientes, os fornecedores, os novos entrantes em potencial e os produtos substitutos são todos competidores que podem ser mais ou menos proeminentes ou ativos, dependendo do setor industrial.
O estado de competição em um segmento industrial depende de cinco forças básicas, que estão esquematizadas na Figura 1. O vigor coletivo destas forças determina o lucro potencial máximo de um setor industrial. Ele varia de intenso em setores como os de pneus, embalagens metálicas e aços, e suaves em setores como os de serviços e equipamentos para campos petrolíferos, refrigerantes e artigos de higiene pessoal onde há espaço para retornos muitos elevados.
Na situação de "concorrência perfeita" dos economistas, a luta para conquista de uma posição não é sujeita a controles de qualquer espécie e a entrada no setor é muito fácil. Essa espécie de estrutura industrial naturalmente oferece o pior panorama para a lucratividade a longo prazo. Entretanto, quanto mais fracas forem as