Como aplicar o Direito
Problematização O livro se inicia tratando sobre a finalidade do direito, da qual se originam duas questões, as quais o próprio direito busca resolver paulatinamente, a respeito do fim a que se propõe, e os meios para atingi-lo. Segundo Rudolf von Ihering, jamais se pode separar, absolutamente, a luta e a paz. Dessa forma a paz é o termo do direito, e a luta o meio de obtê-lo, e por mais variáveis que sejam os caminhos e meios, reduz-se sempre à luta contra a injustiça. Apesar de explanar profundamente de forma clara e explicativa, a importância e a ligação do direito com a luta, juntamente com o dever de defende-lo, Ihering também aponta divergências a esse fato, não generalizando o assunto, mas enriquecendo ainda mais sua obra ao expor que nem todos estão dispostos a lutar constantemente pela seu direito e paz, para milhares de homens a vida é boa sem as lutas, dentro dos limites fixados, e os mesmos não entenderiam se tentássemos explicar a importância e os benefícios da busca pelos direitos que ainda não lhes foram concedidos, pois para esses homens o direito sempre foi o reino da paz e da ordem.
Outra observação que se pode fazer, é que o livro num todo nos incentiva a lutar pelo direito e também defende lo. Nas palavras de Ihering (2012, p. 110) “A luta é o trabalho eterno do direito”, considerando essa afirmação, pensemos nos direitos que temos na Constituição brasileira de 1988, que não são colocados em prática, e que faz rir o povo brasileiro ao olhar sua realidade. A justificativa que se dá, e por ser essa constituição programática e dirigente, porém, não é direito nosso? Faz-se mister informar a esse povo que “não desiste nunca”, mas que se encontra desacreditado em uma maioria, que além de lutar pelo direito, é essencial que se lute para nesse caso, que o direito já “obtido” seja colocado em prática, e por fim seja eternamente defendido. Nada vale existirem tantas doutrinas, códigos e outros instrumentos