Comissão Nacional da Verdade
Daniel Jorge Collaço
INTRODUÇÃO Será que atingirá a sua finalidade a Comissão Nacional da Verdade de examinar e esclarecer as graves violações de Direitos Humanos praticados pelo governo vigentes no período de 18 de setembro de 1946 a 5 de outubro de 1988. A comissão irá identificar os fatos e as autorias, mas não haverá punição em virtude da Lei de Anistia. A comissão irá analisar uma parte da verdade, apenas o regime militar, e deixando de analisar os opositores e colaboradores. A comissão atingirá a sua meta e propor em seu relatório final propostas e recomendações para promover a reconciliação nacional, não sendo só um ato de revanchismo. Para o desenvolvimento do trabalho foram consultados livros relacionados ao tema, fontes eletrônicas disponíveis na Internet. Após as pesquisas foram fichados, analisados e interpretados.
AS ORGANIZAÇÕES DE RESISTÊNCIA AO GOLPE
O Golpe Militar se instalou no Brasil em 1964, podendo ser dividindo em três momentos. O primeiro, a partir de 31 de Março de 1964, onde foram realizadas manobras de detenção em massa, bloqueios de ruas, buscas domiciliares, que culminou em milhares de prisões nos primeiros anos da ditadura. Em dezembro de 1968, o segundo momento, foi decretado o Ato Institucional nº 5 (AI-5), que restringiu muitos direitos fundamentais. E, finalmente, com a posse do General Ernesto Geisel em 1974, o regime de exceção ficou mais violento. O regime militar fez ofensiva contra as seguintes organizações: Ação Libertadora Nacional (ALN), Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR), Ala Vermelha, Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), Vanguarda Armada Revolucionária – Palmares (VAR - Palmares), etc. A Ação Libertadora Nacional (ALN) foi fundada no ano de 1967, organização revolucionaria com traços comunistas. Para se estruturar, inicia ações como assaltos a bancos, a carros pagadores (trem pagador Santos/Jundiaí)