Comida Viva
Não deixa de ser estranho consumirmos o mel, produto elaborado pela abelha melífera, Apis mellifera L., e termos repugnância de comer seus “parentes”. A grande maioria das pessoas, principalmente quem vive em países desenvolvidos, considera a prática “coisa” primitiva, mas enquanto isso um grande contingente de indivíduos padece com a fome e a desnutrição no mundo.
Se depender da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), muito em breve esses invertebrados farão parte da alimentação. No documento Edible Forest Insects, disponível na internet (http://www.fao.org/docrep/012/i1380e/i1380e00.pdf) a entidade propõe através de um estudo de 190 páginas o uso de insetos na alimentação humana. Segundo a FAO, comer grilos, gafanhotos, baratas e outras 1,9 mil espécies de insetos pode ser a saída para manter a população futura alimentada.
Além dos benefícios nutricionais, as dezenas de páginas do estudo apontam que criar insetos tem potencial comercial. Claro, a prática minimizaria em muito o desperdício de recursos naturais, em especial, a água e empregariam muito menos terras visto que a criação de bois, cabras e porcos ocupam dois terços delas. É preciso considerar