Comida de rua na cidade de São Paulo
José Roberto Yasoshima1
Tamiris Martins da Silva2
Resumo
Neste momento, na cidade de São Paulo ocorre um debate que envolve vendedores de comida de rua, chefs renomados e interesses políticos. O decreto de lei que autoriza a expansão desse mercado acaba de ser aprovado e sancionado, trazendo possibilidades para um setor que, até o momento, ainda sofria com a falta de regulamentação e fiscalização, caracterizando-se em um mercado informal, pouco confiável e com grande polêmica no campo da segurança alimentar. O objeto de pesquisa deste trabalho delimita-se ao estudo do fenômeno comida de rua na cidade de São Paulo, suas novas tendências com um toque de glamour e suas implicações no atual cenário da gastronomia. O objetivo central, portanto é uma tentativa de categorização e classificação da comida de rua na cidade de São Paulo, assim como estudar as possíveis novas tendências desse segmento no novo cenário da gastronomia. Quanto à metodologia, será feita uma revisão da bibliografia acerca dos principais tópicos para subsidiar as discussões sobre o tema. Para tanto, será ainda realizada uma pesquisa de campo para a coleta de dados junto com vendedores, chefs e consumidores da comida de rua. Para a coleta desses dados serão usadas as técnicas de entrevistas semiestruturadas, observação participante, realização de vídeos e fotografias.
INTRODUÇÃO
Alimentar-se fora do lar não é nenhuma novidade, muito antes do nascimento do restaurante moderno, em meados do século XVIII, ocorriam várias ocasiões para se alimentar durante uma viagem ou um dia de trabalho na cidade. Shore (2009) ressalta que certas características de comer fora parecem hoje naturais ou automáticas, que vale a pena notar que se baseiam em regras e expectativas culturais e historicamente específicas. Uma vez tomada a decisão de não comer em casa, é possível planejar com antecedência a hora e o restaurante, mas a decisão de