comex
João Machado Neto
Analista Técnico-SEBRAE/RO
Administrador de Empresas-especialista em comércio exterior
Texto produzido no curso Economia Aplicada às MPE - Universidade SEBRAE/FGV agosto/2009
Introdução
É sabido que a abertura comercial e o processo de privatização e desregulamentação da economia brasileira ocorridos na década de 90, trouxeram como conseqüência uma relativa modernização da economia e maior abertura do país para o exterior.
Esse cenário obrigou setores produtivos do país a se atualizarem tecnologicamente para ganharem competitividade tanto no mercado interno quanto no seu processo de internacionalização.
Assim, esse texto procura analisar o potencial e as limitações micro e macroeconômicas das empresas brasileiras, em particular as de pequeno porte, para atuarem no comércio internacional. A análise aponta alguns gargalos e sugere a realização, tanto por parte do setor público como do empresariado, de ações de curto e médio prazo para minimizar ou eliminar os gargalos que impedem a maior inserção do Brasil nas transações com o mundo globalizado.
Potencial e limitações microeconômicas
Para um número considerável das empresas brasileiras, notadamente as micro e pequenas empresas-MPE, a possibilidade de realizar comércio com outros países, seja vendendo ou comprando, sempre foi uma possibilidade remota, pouca cogitada e difícil de ser alcançada. As trocas internacionais nunca foram percebidas como uma possibilidade concreta de ampliação de mercado.
Analisado do ponto de vista da microeconomia, podemos listar os seguintes motivos de cunho interno à empresa, que causam essas dificuldades.
Foco acentuado no produto e no processo e não no mercado e no cliente;
Ausência de cultura de negócio internacional;
Deficiência nos controles gerencias e na