Comercio de plantas medicinais
O uso e comércio de animais e plantas medicinais é frequente em diferentes cidades brasileiras, e representa uma atividade importante do ponto de vista social, econômico, cultural e ecológico. O presente trabalho teve como objetivo obter informações relativas ao comércio de animais e plantas para fins medicinais em cinco cidades no Nordeste (São Luís,
Teresina, João Pessoa e Campina Grande) e Norte (Belém) do Brasil. As informações foram obtidas através de questionários semi-estruturados aplicados a 79 comerciantes. Os resultados evidenciam a existência de uma rede comercial dos recursos medicinais e a importância da atividade como fonte de renda dos comerciantes. A situação social e o conhecimento dos comerciantes são fatores importantes que devem ser considerados no estabelecimento de politicas publicas visando a sustentabilidade dos recursos biológicos explorados e da atividade comercial de erveiros.
As plantas medicinais foram negligenciadas pelo mercado e consumidores, porém na década de 80 essa realidade começou a mudar e, atualmente, ocorrem constantes descobertas sobre o uso de plantas na terapêutica e principalmente de novos produtos, devido à pressão sofrida pelo mercado. A complexidade do mundo das plantas medicinais inicia-se na própria definição, pois tradicionalmente se assume que plantas medicinais são vegetais empregados com fins terapêuticos, em função de que ao menos uma das partes possui propriedades medicamentosas (curativas ou preventivas) (Fonte, 2004).
Segundo a Organização Mundial da Saúde 80% da população mundial faz uso de medicamentos derivados de plantas medicinais. No Brasil pesquisas demonstram que 91,9% da população fizeram uso de alguma planta medicinal, sendo que 46% da mesma mantêm cultivo caseiro dessas plantas (ABIFISA, 2007). De acordo com Melo et al. (2007), existe no Brasil uma farmacopéia popular muito diversa baseada em plantas medicinais, resultado da miscigenação