Comentários Sobre a Guerra no Iraque
A atual Guerra do Iraque pode ser interpretada como uma continuação da “Primeira Guerra do Iraque”, também conhecida como “Guerra do Golfo”, que ocorreu em 1990. Na ocasião, uma coalisão de forças sob a bandeira da ONU retomou o território do Kuwait, que havia sido militarmente ocupado por tropas iraquianas, e no seguimento invadiu o território iraquiano, destruiu suas forças armadas, mas não depos o governo de Sadan Hussei, que continuou governando com o apoio dos muçulmanos sunitas. A majoritária facção muçulmana xiita (com forte apoio do Irã), curdos e outras minorias continuaram sem ter participação política no Iraque. Devido a suas pretenções de dominação militar (antes Guerra Irã-Iraque e recente Invasão do Kuwait), o regime de Sadan Hussei se apresentou como uma ameaça a diversos países arabes (especialmente seus vizinhos Irã e Arabia Saudita) e só encontrou apoio político-diplomático em países com posições belicosas e radicais, a exemplo da Libia (de Kadaffi) e da Coreia do Norte, além de apoiar abertamente grupos islâmicos radicais (Hezbolla, Al-Qaed, etc).
Tal posicionamento político e diplomático gerou mais temor de que o Iraque se envolvesse em novos conflitos com seus vizinhos e que estivesse apoiando grupos de atuação terroristas, através de treinamento, de financiamento, de logistica e de fornecimento de armamentos. Como o Iraque já havia utilizado armas químicas contra os curdos e estivesse buscando o domínio de tecnologia nuclear, havia uma grande desconfiança de que poderia repassar conhecimentos/dispositivos de destruição de massa para grupos terroristas.
Por outro lado, após o 11/set os USA declararam “Guerra Global ao Terrorismo”, com o apoio tácito dos demais países “ocidentais” e/ou das economias mais influentes (Japão, Rússia, China, dentre outros), que também foram atingidos por atentados terroristas dirigidos a grandes aglomerações populares/infraestrutura urbana (estações de metro, teatros, etc) ou