Comentário sobre o livro a Águia e a Galinha

A ÁGUIA E A GALINHA
Uma metáfora da condição humana
(Leonardo Boff, editora Vozes, 1997 – 34ª edição)

O Livro consiste de sete capítulos, onde alguns, estão subdivididos em tópicos de aprofundamento. Resumidamente, fala de um político e educador, chamado James Aggrey, natural de Gana, país da África Ocidental que participando de uma reunião onde se discutiam a libertação do seu país do domínio Inglês, narra à história de uma águia que é mantida em cativeiro por um camponês, e criada como galinha (cisca, come ração própria para galinha e dorme no galinheiro), por um período de cinco anos, até um naturalista, amigo do camponês, presenciar o fato e mostrar que mesmo acondicionada a ser galinha, em seu interior, o instinto de águia prevalecia. Então, o mesmo leva o animal a seu habitat natural (montanhas e o sol imperando no horizonte), onde toma sua forma instintiva e natural de águia e alça vôo ‘até confundir-se com o azul do firmamento’. Com essa história, James queria mostrar aos seus compatriotas que eles estavam acondicionados ao modo dos ingleses, à forma que eles queriam que agissem e vivessem, e por isso deveriam ficar atentos e não se deixar levar pelo que era oferecido. Como o título mesmo já diz, a história é uma metáfora da condição humana. Na maioria das vezes o ser humano é acondicionado a viver conforme os valores e a cultura do meio em que vive, mesmo que contradiga com seus próprios valores, porque para muitos, é melhor ser visto como igual/normal do que diferente/anormal aos olhos da própria espécie, pois o contrário pode ser visto como um ataque ou afronta ao que é praticado pelo grupo predominante. Outro motivo que obriga de certa forma o ser humano a viver acorrentado, limitado, é a sua condição financeira, que pode ocasionar seu estacionamento no âmbito da realização pessoal. De maneira geral, o ser humano, assim como os animais, são domesticáveis. Se adaptam facilmente e se contentam com pouco. Tendo o que comer, vestir