Comentário do Filme Quanto vale ou é por kilo?
Curso: Direito
Disciplina: Sociologia Jurídica
Professora: Judith Karine
Aluno: Elias Damacena Teodoro Matr.: UC10070941
Relações entre o filme “Quanto Vale ou é Por Quilo?” e o livro “Raízes do Brasil”
O filme “Quanto vale ou é por Quilo?” faz um retrato da vida social moderna brasileira comparando-a às circunstâncias históricas do processo de colonização pelas quais o Brasil foi edificado como nação. O filme utiliza flashbacks para fazer um paralelo entre a realidade da história envolvendo o tema da escravidão, através de casos jurídicos da época, com a realidade social contemporânea brasileira. Aborda também a corrupção de organismos que atuam com pseudos-objetivos sociais, já que tais entes auferem lucros por meio do objeto de seus negócios denominado “miséria”. Retrata com muita propriedade como a raça negra é excluída de potenciais áreas profissionais e é marginalizada ou relegada a âmbitos de profissões consideradas pouco importantes, mantendo-a como classe subserviente. Expõe, ainda, a situação de pobres alforriados, mas escravos da exploração, os quais almejam, ao menos, a mesma posição social ocupada por uma classe detentora de certo status. Analisando o filme “Quanto vale ou é por Quilo?” numa relação comparativa com o livro de Sérgio Buarque de Holanda “Raízes do Brasil”, observa-se uma comunicação de temas abordados nas duas obras culturais. Em uma das cenas iniciais do filme uma negra alforriada reivindica a propriedade de um escravo, agindo conforme o sistema negocial introduzido pelos senhores de escravo, pois com recursos próprios, consegue estabelecer relação de propriedade com os escravos. Trata-se, na verdade, de “uma negra alforriada que tem escravos e acredita na força coletiva para exigir os chamados direitos do cidadão”. Na visão de Sérgio Buarque de Holanda o sistema que se evidenciou no Brasil – colônia, com a vinda de escravos negros da África para suprir os espaços de trabalho