Comentário do filme Pão e Rosas de Ken Loach
Comentário do filme Pão e Rosas de Ken Loach
Revelando as facetas do processo de imigração e a luta entre classes decorrente da década de 90, surge o cineasta Ken Loach que em sua produção Bread and Roses (Pão e Rosas), demonstra de forma clara a exploração de trabalhadores mexicanos ilegais, os quais são humilhados e marginalizados nos Estados Unidos, um país tido como sendo de primeiro mundo, e de contrariedades, quando este se intitula como sendo um território de liberdade e oportunidades.
O filme passa-se na cidade de Los Angeles, mostrando a realidade de trabalho de mexicanos que encontram-se em situação ilegal, esses são trabalhadores de um grande prédio na cidade, exercendo a função de faxineiros , tudo isso em troca de baixos salários e sem nenhum direito trabalhista. O filme atinge o ponto chave com a chegada da então jovem de Tijuana Maya, esta que conhece o jovem ativista Sam e com ele lidera uma campanha sindical por melhores condições trabalhistas.
Ken Loach consegue de forma genial demonstrar a visão utópica que por muito tempo se tem criado com relação aos EUA, quando se trata de se adquirir melhores condições de vida. Revelando em seu filme as facetas do processo toyotista, e como age o capitalismo dentro do processo de trabalho, demonstrando que o foco principal dentro deste processo é a exploração do trabalho humano, este se tornando protagonista, pois, é único capaz de gerar uma renda maior do que aquela necessária à sua sobrevivência.
No filme cabe-se destacar algumas conseqüências do processo imigratório ilegal, fica verídico o fato de mulheres terem que se prostituir, ou como o filme revela também, ter que roubar para garantirem o aluguel, alimentar os filhos, ou ate mesmo o resto da família que ficou em seu país de origem.
O filme ainda revela as dificuldades do trabalho dos sindicatos em resolver os problemas trabalhistas, pois os trabalhadores são pessoas oprimidas, amedrontadas e ameaçadas diariamente