Comentário Crítico sobre o documentário Um encontro com Lacan
O documentário mostra relatos de vários pacientes de Lacan. Pelos relatos compreendo que Lacan era gentil, agradável e dava muita atenção aos seus pacientes. Todas as palavras para Lacan tinham uma importância considerável, pois ele ouvia os relatos e os transformavam em objetos preciosos a serem trabalhados. Ele se ocupava em ouvir o que lhe falavam e mostravam aos seus pacientes que eles eram personagens de sua própria historia. Reconhecia os sintomas e aliviava o sofrimento despertando o desejo para a vida em todos os níveis. Era otimista e para ele as pessoas existiam uma a uma. Um de seus pacientes concluiu que “fazer analise com Lacan era ganhar tempo para viver sua própria vida intensamente”.
Ele dava uma injeção de animo e de vontade de viver e que as pessoas que eram atendidas por ele sentiam-se mais felizes e produziam mais.
Para Lacan, o que interessa é que o sujeito possa agir em função do seu desejo, que ele deixe de ser uma pessoa para ser efetivamente um sujeito. Lacan critica duramente os que mistificam a cura analítica através da ênfase no sentimento indizível, na emoção ou no afeto, pois a linguagem é a precondição do inconsciente, e o instrumento da cura é o discurso.
Ele nunca encontrou com Freud, mas estudou toda sua obra. Lacan revitaliza o conceito freudiano de inconsciente introduzindo o conceito de sujeito. Ele assumiu a exclusão e colocou em questão o desejo, presente na psicanálise desde Freud. Foi a partir desse acontecimento que Lacan explicitou a posição do analista no tratamento analítico, dando-lhe um estatuto próprio: o estatuto de dejeto.
Demorou 20 anos para publicar seus seminários, pois queria ter as pessoas próximas dele, ver como reagiam. Em seus seminários tinham profissionais de várias áreas. E algum tempo depoissesses seminários foram publicados cujos textos era de fácil leitura. E o que me chamou bastante atenção é que em um de seus últimos