Comentário ao filme "Hotel Ruanda"
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O filme “Hotel Ruanda”, que assistimos na sala de aula, retrata de uma forma bastante realista e fidedigna a guerra civil que ocorreu em Ruanda, em 1994. Quando a guerra entre hutus e tutsis estava prestes a terminar, através da assinatura de um acordo de paz, o presidente Habiryma foi assassinado por rebeldes tutsis e assim se voltaram a despertar os conflitos entre estas etnias. Se estudarmos um pouco da história de Ruanda podemos verificar que este país já foi uma colónia alemã e posteriormente belga, e a colonização é um factor que ajuda na explicação do subdesenvolvimento deste país. Como é explicado no filme os belgas achavam os tutsis mais altos e elegantes, foram eles que criaram a divisão. Eles governavam o país apoiados pelos tutsis mas ao partirem deixaram o poder com os hutus que se vingaram dos anos de repressão nas elites tutsi. Para além desta situação Ruanda possuía uma fraca economia nacional, sustentada pela exportação do café. Um exemplo desta situação no filme é quando Paul necessita de alimentos dirige-se sempre ao mesmo armazém, o de George Rutaganda, e numa das vezes a que lá vai um dos empregados de George deixa cair um caixote de madeira e este está cheio da facas e George revela a Paul que consegue comprá-las a 10 cêntimos na China e vendê-las por pelo menos 50 cêntimos. Esta situação demonstra claramente um comércio injusto e concentrado em determinados grupos que possuem a riqueza. Outra situação é o hotel de 4 estrelas não pertencer a ninguém de Ruanda mas sim a uma transnacional belga, Sabena. Também é demonstrado o poder que estas transnacionais possuem, quando Paul consegue contactar com o Sr. Tillens a contar o que se passa, este consegue estabelecer contacto com a ONU, com o 1º ministro e com os franceses, conseguindo fazer com que o exército saia do hotel e evita que eles matassem as pessoas que lá estavam refugiadas. No filme também é evidente a pobreza a o desrespeito pelas mulheres. Observamos que muitas das habitações