COMENTÁRIO AO ARTIGO "Quando a adolescência não depende da puberdade"
FACULDADE DE PSICOLOGIA
PSICOLOGIA DO ADOLESCENTE
Profª Débora Dalbosco Dell’Aglio
Nome da aluna: Eduarda Botelho Garcia
Título do Artigo: “Quando a adolescência não depende da puberdade”
Periódico: Apresentação oral deste artigo foi feita no XVII Congresso da FLAPAG, VI
Congresso do NESME, ocorrido em 31 de maio a 3 de junho de 2007, em Santos, SP.
Autor: Tiago Carbisier Matheus
1. Breve Resumo
O artigo escolhido é um artigo teórico, o qual tem por objeto a revisão – e, por conseguinte, a desmitificação – da concepção de adolescência como crise necessária, conceito este muito difundido na psicanálise sob a perspectiva desenvolvimentista. O autor, para tanto, se utiliza de uma pesquisa historiográfica.
A construção historiográfica é realizada a partir de incertezas e de dúvidas, as quais se tentará solucionar através de fontes bibliográficas, teorias pessoais do autor e etc1.
O referencial teórico utilizado pelo autor no artigo em questão é Freud, através do qual passa a analisar duas projeções distintas, bem como suas interseções: (a) o personagem de adolescente, o qual é determinado cronológica e socialmente e (b) o adolescente em questão, isto é, ao que cada sujeito em sua individualidade. Esta última projeção, frisa o autor, é com a qual a psicanálise está comprometida.
O autor discorre um pouco de como era o período da adolescência no Império
Romano, na Idade Média e na Idade Moderna. Para os romanos, a adulescentia delimitava um período específico na vida das pessoas, que era regida e submissa à hierarquia patriarcal, não havendo espaço para articulação entre sexualidade, moral e política; era um momento anterior à participação na vida em comunidade. Já para os medievais, a função social da juventude era, por um lado, o papel transgressor e,
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Nunes, Daniela (2010). Pesquisa Historiográfica: Desafios e Caminhos. Revista de Teoria da História
Ano 2, Nº 5, Junho 2011.
por outro, o