Comentario
A obra conta a história de uma águia que foi criada como uma galinha. Essa história é compreendida como uma metáfora da condição humana, e nos dar livre interpretação.
A discriminação com os colonizados, negros, índios, mulheres, deficientes físicos e mentais, homossexuais, citada no início da história, acontece desde os povos antigos até hoje. Isso nos confirma que mesmo com o passar dos anos, com a velocidade das informações, com os diversos meios de comunicação, a sociedade continua ignorante, medíocre, sem humanitarismo. Até hoje, os “detentores do poder”, ditam a política, cultura, as normas que regem a sociedade.
James Aggrey, natural de Gana, político e educador popular, em busca da libertação do domínio colonial, ao ver alguns líderes importantes se opondo à causa, começou a contar a história de um camponês que capturou um filhote de águia e o criou como uma galinha, junto com as outras. Certo dia, um naturalista chega à casa do camponês e vê a água juntos com as galinhas e diz que aquilo não é uma galinha e sim uma águia. O camponês afirma que é uma águia, porém que a criou como uma galinha e ela então se tornou uma. O naturalista diz que uma águia jamais deixará de ser águia. Então o naturalista propõe alguns testes para provar que ela sempre será uma águia. No começo ele não tem sucesso e o camponês debocha dizendo que ela é uma galinha. No entanto, o naturalista nunca desiste, até que um dia consegue fazer a águia voar e seguir o seu caminho e sua vida de águia.
“Cada pessoa tem dentro de si uma águia” afirma James Aggrey. Contar e recontar a história acrescentando-a com mais dados, não para falsificar a história, mas sim para enriquecê-la, é uma maneira de aprender mais.
O autor conta como vivem as águias. Elas fazem ninhos no topo mais elevado das árvores, onde ninguém pode chegar. Cuidam dos seus filhotes assim como nos humanos. Na hora de se relacionarem, as águias encontram um parceiro para a