combustiveis fósseis
Série de reportagens sobre o principal minério da Região Sul, será apresentada pela Agência AL, em conjunto com a Rádio AL Online e a TVAL
28 de março de 2014 – 23:34:29
Ao longo de 130 anos de exploração em solo catarinense, o carvão mineral passou por muitos altos e baixos. Ao mesmo tempo em que alavancou o desenvolvimento econômico e social da Região Sul do estado, enfrentou barreiras ambientais, falta de apoio governamental e a insalubridade das minas, fatores que reduziram drasticamente a exploração do minério e desvalorizaram a profissão de mineiro.
No entanto, o baixo nível das represas das hidrelétricas, que ameaça a produção de energia, e a promessa de novas técnicas de exploração sustentáveis, tratamento dos rejeitos e recuperação de áreas exploradas reacendem a indústria carbonífera brasileira. Estudos e novas técnicas de exploração têm diminuído cada vez mais o fator poluente do carvão. O gás carbônico emitido na queima pode ser sequestrado e armazenado em poços de petróleo desativados, tecnologia que deve ser implantada em larga escala a partir de 2025.
Energia segura e garantida
Apesar de não ser uma fonte renovável de energia, o carvão é considerado seguro por não depender de condições climáticas. Hoje, a participação do minério na matriz energética brasileira é pequena: 1,4%. Ainda assim, o carvão é responsável no estado pelo equivalente a 35% da eletricidade que chega às casas e indústrias catarinenses. No mundo, esse índice chega a 38%.
No Brasil, a perspectiva de uso do carvão, armazenado em jazidas minerais na Região Sul, é de pelo menos mais 300 anos de exploração. Estima-se que as reservas nacionais alcancem mais de 32 bilhões de toneladas do minério. “A energia termelétrica produzida hoje a partir do mineral é mais segura e pode ser triplicada”, afirma Cláudio Zilli, coordenador do Comitê do Carvão da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc).