Com todo amor que já não possuo mais.
361 palavras
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Primeiro, permita-me pedir desculpas por tudo e por nada, também. Estive tentando a muito, ser genuína e forte para pronunciar gritos que ficaram sufocados. Foi tudo mais difícil do que simplesmente parecia. De certa forma eu comecei capturando tudo aquilo que, um dia, eu saberia que iria fazer falta. Dentre todos os meus erros e defeitos, o pior deles foi ter ficado presa entre meu orgulho e as minhas promessas. Eu tentava dizer todas as minhas verdades, mas elas já não valiam nada perto dos meus segredos. Todas as nossas palavras ficavam perdidas antes mesmo de chegar as nossas bocas. Deixamos de falar tantas coisas por medo de ter que olhar nos olhos e encarar o nosso maior medo estampado ali. O medo da perda. Dentre todas as decisões que poderíamos ter tomado, nós decidimos não ser nada. E isso, de algum modo, ainda dói. Mas não aquela dor que arde, que fere e que mata lentamente. Estou falando daquela cosquinha que ainda perturba quando o assunto se torna você. Quando as memórias aparecem para fazer lembrar de como o passado foi bom o suficiente para deixar cicatrizes no presente. Depois de todos esses meses olhando para lua e esperando que você chegasse pra dizer que ela só não é mais linda que a nossa amizade, eu finalmente consegui entender que o pior que um, é nenhum. E eu não posso explicar pra você como as coisas deixaram de ser as nossas coisas, pois de certa forma é como se você estivesse aqui, mesmo que no fundo eu saiba que não. Eu não posso te dizer tudo aquilo que vejo e que planejo. É bom que agora eu olhe para você e não sinta mais nada, tampouco aquela sensação de perda pelo tempo, já não tenho mais medo de você. É bom poder olhar pra frente sem ter aquela certa insegurança, de que um dia você possa não estar mais comigo. Sabe amiga, passou! E eu espero que as minhas ações, falem mais que minhas palavras.
Com todo amor que já não possuo