Com que vinho eu vou...
Era fim de ano e estava uma agitação na casa, no armário entravam e saíam produtos diferentes, desses que só aparecem uma vez por ano, alimentos exóticos, bebidas finas e muitas outras coisas.
Na prateleira das taças era um burburinho só, elas disputavam entre si quem era a melhor, a mais elegante, a que seria mais utilizada nas datas festivas.
- Eu serei a mais utilizada, em mim colocarão espumante, as bolhinhas me farão cócegas, pois o meu formato alto e fino é ideal para manter a efervescência da bebida por mais tempo e conservar o seu sabor, e depois me encontrarei com as outras, brindando a felicidade e os momentos bons da vida! – Falou elegante a Taça de espumante.
- Acho que quem será mais utilizada sou eu, que acompanharei os almoços e jantares da família nas confraternizações de fim de ano, sempre repleta de um bom e tinto vinho, pois o meu formato maior e meu copo mais bojudo possibilitam uma maior oxigenação que a bebida necessita para realçar seu aroma que desperta as melhores sensações nas pessoas que estão consumindo. - Disse a robusta taça de vinho tinto!
- Não, não! Vocês estão enganadas, quem vai ser a mais usada sou eu, porque é em mim que servem o licor, uma bebida doce, sempre após as refeições devido a sua ação digestiva. Nessa hora todos estão satisfeitos, com a apresentação e sabor dos pratos e só são elogios para os donos da casa. – Ressaltou a pequena notável taça de licor.
- Não acho isso! A mais usada vai ser eu que sirvo o vermute, uma bebida alcoólica à base de vinho com adição de flores ou ervas aromáticas e que é consumida em pequenas doses e sem pedras de gelo, apenas gelada. Vou ser servida a noite toda depois do jantar, sempre charmosa, enfeitada com uma azeitona ou cereja, ouvindo as conversas sobre como as pessoas foram felizes no ano que se encerrou. – Falou a charmosa taça de vermute.
- Quem vai ser mais utilizada sou eu quem serve a água, todos irão me utilizar! Os adultos, as crianças, os idosos,