Com Açúcar e Sem Afeto A trajetória da vida amorosa de mulheres das classes populares em Aracaju
Márcia Santana Alves
Segundo o estudo de campo da Assistente Social e Doutora em Ciências Sociais, Márcia S. Alves; as vida das mulheres das classes populares de Aracaju é rodeada por extrema miséria. A relação familiar sempre sofre profundas transformações na vida social, as mulheres ingressando em universidades. No mercado de trabalho, entre outros; buscando quebrar tabus sociais e sexuais. Os casais estão se tornando mais individualistas, a mulher para ser respeitada busca o crescimento e aperfeiçoamento do “EU” e os homens às incentivam para tal, porém, que não venha à interferir no âmbito familiar ( casa, filhos e marido). Na diferença entre os sexos são observadas mudanças valorativas; novos referenciais são paralelos aos comportamentos modelizadores tradicionais. No qual, por mais que queiram construir uma relação igualitária, não conseguem sair do modelo hierárquico tradicional, isto se for avaliada as famílias das classes populares. Sendo assim, um padrão no qual o homem domina a mulher e os mais velhos dominam os mais novos. A dominação masculina é representada no interior doméstico, havendo assim a falta de romantismo, exploração, desamparo e abandono. O casamento é visto como forma de “liberdade”, por meio deste as mulheres irão cuidar de suas próprias casas e de sua própria família e não mais da família e casa de outras pessoas. Assim o marido passa à ser fonte de segurança, esperançai de mudar de vida.
“Tudo indica que para a mulher pobre a vida começa quando se “casa”, embora essa união possa vir a representar uma 'via crucis'...” (Quintas, 1986, p.147)
Figurando assim como bom marido, aquele que com o seu trabalho irá colocar comida dentro de casa e saciar a fome da família e quando ele não consegue sente- se diminuído. O trabalho masculino tem valor moral vinculado ao homem como trabalhador do “ganha pão” do grupo familiar,