Colégios e liceus

COLÉGIOS E LICEUS

O ensino secundário se caracterizava por um modelo específico de educação que preparava o educando para exames de ingresso em cursos superiores na era imperial. Era prestigiado pela elite social vigente, e sua organização didática bem como a preparação de seus professores era um diferencial comparado a outras escolas. O colégio Pedro II, sob a forma de um internato masculino e considerado um modelo de instituição secundária no Brasil desde o império, tinha o intuito de preparar o quadro da elite social através de sua educação, formando homens para altos postos na sociedade.

Apesar do direito de ingresso aos estudantes destituídos de recursos, a maioria dos alunos pertenciam a alta elite. O curso tinha a duração de sete anos, com isso, muitos preferiam e optavam por meios alternativos de pouca duração e maior facilidade. Portanto, poucos saíam e ingressavam em cursos de nível superior.

No século XIX o colégio Pedro II chegou a matricular duas meninas, filhas do Dr. Cândido Barata Ribeiro, e em 1885 já havia um total de 15 alunas e 05 ouvintes, porém, o Reitor do colégio achou mais conveniente a transferência dessas alunas para outras escolas (Curso Normal da Corte ou Liceu de Artes e Ofícios ou Curso Noturno Secundário), nomeando-as de inspetoras. O Ministro Barão de Mamoré, concretizou o ato, proibindo o acesso de meninas à instituição, alegando não haver dinheiro para a contratação dessas inspetoras. Portanto, a família que quisesse uma formação mais estendida as suas filhas, deveria contratar preceptoras, escolas privadas femininas ou conventos.

Outro aspecto importante deste colégio, era com relação ao custo que se tinha em manter um filho lá dentro. Além das mensalidades, o que se gastava com enxovais era muito, portanto, marca a questão do público que podia ingressar e permanecer nesta escola, uma elite chamada de boa sociedade devido ao seu poder aquisitivo.

Com as diversas reformas o colégio alargou o atendimento ao