Colégio Eleitoral no Brasil
O Colégio Eleitoral servia como um escudo para a ditadura, com sua aparência pública de democracia. Em 1964, ele era composto por 475 parlamentares, que tinham que escolher entre os seguintes candidatos: Humberto de Alencar Castello Branco, Juarez Távora e Eurico Gaspar Dutra, todos ativos participantes do Golpe. O primeiro eleito pelo Colégio Eleitoral foi o general Humberto de Alencar Castelo Branco.
Em 3 de outubro de 1966, Artur da Costa e Silva, da linha dura (corrente mais radical e menos liberal) dos militares, recebeu 294 votos, sendo assim, o segundo Presidente eleito no período militar.
Diante da crescente repulsa ao militares no Congresso, Emílio Garrastazu Médici, com a Emenda Constitucional nº 1, de 17 de outubro de 1969, altera a composição do Colégio Eleitoral, que começa a ser composto por membros do Congresso Nacional e por delegados das Assembleias Legislativas estaduais. No dia 25 de outubro de 1969, acontece a terceira eleição indireta. Médici quer assumir com o aval do Colégio Eleitoral e exige a reabertura do Congresso Nacional, que até então estava fechado e anuncia que quer a democracia reestabelecida ao final do seu governo.
Com a mudança do novo Colégio Eleitoral, a Ditadura consegue, em 15 de janeiro de 1974, ampliar a sua votação e eleger Ernesto Geisel com 400 votos.
No dia 15 de dezembro de 1978, o penúltimo Presidente a ser eleito com voto indireto é João Baptista de Oliveira Figueiredo, com 355 votos, e o candidato do MDB é Euler Bentes Monteiro, que obtém significativa votação,