Colonização

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2.3. A Mão que constrói e a mão que chicoteia – A Difusão da Cultura Africana no Brasil

Quando pensamos em africanos no Brasil, logo nos vêm a cabeça imagens da escravidão. A história do negro no Brasil é marcada por episódios de luta e sofrimento, foram arrancados de sua terra para ser escravizados em outra.
Em um dos maiores atentados aos direitos humanos, em mais de 300 anos de escravidão que vão do período colonial até o final do império, dos 75 milhões de negros mortos ou escravizados, cerca de 3,5 milhões vieram para grande colônia de Portugal, que foi a última a aderir a abolição, em 1888. O negro, que representava uma mercadoria – já que era vendido, comprado e possuía valor de uso, foi a principal mão-de-obra para construção de riquezas e manutenção da economia do país que sustentava a coroa lusitana. A agromanulfatura do açúcar que adoçava o senhor de engenho era a mesma que até hoje amarga uma desumana história da escravidão.
A tentativa de desumanização dos africanos foi apoiada pela igreja católica, que se firmava na tese de que o negro não possuía alma, e desprovido de cultura como um animal, seria necessário domesticá-lo, porém muitos negros se voltavam contra seus senhores e eram torturados pelos feitores – responsáveis por aterrorizar quem ousasse desobediência.

2.3.1 A Resistencia Negra

Do berço da humanidade fizeram rastro de sangue, da maldição expansionista, exploraram até o último vintém, de uma cultura tribal a um legado de correntes foi a trajetória do negro na terra de São Tomé. Arrancaram-lhe a terra, separaram-lhe da família, saquearam-lhe a cultura e escravizaram-lhe o corpo, mas não conseguiram calar o grito forte dos Palmares, a ginga da capoeira, o batuque dos tambores e a luta pela liberdade.
Em séculos de escravidão, a resistência negra perdura até hoje nos chamados afro-brasileiros, o europeu pode até ter escravizado o trabalho manufatureiro, porém nunca destruiu a essência da resistência negra, a qual a cultura ajudou a

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