COLONIZA O RECENTE DE ROND NIA
O surto decisivo para a colonização permanente do Estado ocorreu a partir da década de 70. Porto Velho batia recorde de crescimento culminando com uma autêntica explosão de expansão urbana na década de 80.
A pavimentação da BR-364 teve o mérito de colocar um fim ao isolamento rodoviário do Estado em relação às demais regiões do país, facilitando o movimento migratório.
Em Porto Velho, o crescimento populacional atingiu em 1991 um percentual de 467% em relação à população existente em 1980, superior a taxas de crescimento de metrópoles com São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
O fluxo migratório da década de 1970 possui características diferentes dos anteriores. Até esse período, os fluxos migratórios ocorreram em função da busca de riquezas naturais, sendo os migrantes extratores, seringueiros e mineradores.
A partir de 1970, a migração ocorreu em torno da busca de terras para a agricultura, pequenos agricultores com suas famílias procuraram Rondônia na esperança de ter acesso à terra
Essa migração assumiu características sedentárias. A maior taxa média geométrica de incremento da população do Território, é desse período (70/80), superior à de qualquer outra unidade federada. O fluxo migratório desse tempo foi principalmente de camponeses em busca de terras.
Até a metade de 1980 continuou intenso o fluxo migratório para Rondônia. Nos territórios federais, as terras eram de propriedade da União e definidas como devolutas federais.
Por volta de 1970 o INCRA iniciou os primeiros projetos de colonização: Ouro Preto (a 330 km de PVH); Jí-Paraná; Sidney Girão; Vilhena e Barareio.
Os migrantes vinham para Rondônia confiante nesses projetos, chegando à razão de três mil famílias por ano. O INCRA não conseguia efetuar o assentamento sequer de 1/3 dessas famílias, justificando-se pela falta de verbas para esses projetos, sendo que a maior parte dessas verbas foi alocada para a área da Transamazônica