RELAÇÃO SÓCIO-ANTROPOLÓGICA: COLISEU DE ROMA. Samuel Moraes Pedreira O Coliseu é o maior e mais famoso símbolo do Império Romano, esse enorme anfiteatro era reservado para combates entre gladiadores ou opondo esses guerreiros contra animais selvagens. Sua construção foi iniciada no ano 72 d.C., por ordem do imperador Flávio Vespasiano, que decidiu erguê-lo no local de um antigo palácio de Nero, seu antecessor no comando do império. As obras levaram oito anos para serem concluídas e, quando tudo ficou pronto, Roma já era governada por Tito, filho de Vespasiano. Para homenagear seu pai, Tito batizou a construção de "Anfiteatro Flaviano". Alguns historiadores especulam que o nome Coliseu só apareceria centenas de anos depois, talvez no século 11, e teria surgido inspirado no Colosso de Nero, uma estátua de bronze de 35 metros de altura, que ficava ao lado do anfiteatro. Os primeiros combates disputados para comemorar a conclusão do Coliseu duraram cerca de 100 dias e se estima que, só nesse período, centenas de gladiadores e cerca de 5 mil animais ferozes tombaram mortos em sua arena de 85 por 53 metros. Os jogos levavam o público ao delírio. Suas arquibancadas, construídas a partir de 3 metros do solo, acomodavam mais de 50 mil pessoas. Um camarote bem próximo à arena era destinado ao imperador de Roma, que era reverenciado pelos gladiadores antes dos espetáculos. A Igreja católica sustentava a idéia de que Coliseu foi usado para sacrifícios de cristãos quando estes eram perseguidos pelos romanos, mas não há provas conclusivas de que os martírios de fato aconteceram no anfiteatro. As apresentações de luta no Coliseu eram gratuitas. As dezenas de milhares de espectadores se dividiam nas arquibancadas em cinco diferentes setores conforme sua posição social. Enquanto os senadores de Roma sentavam bem próximos da arena de combate, as pessoas de baixa renda, por exemplo, ficavam no último piso do estádio O Coliseu funcionou como o principal palco de