Coleta e reciclagem de residuos
O presente trabalho foi realizado com o objetivo de quantificar e qualificar os resíduos recicláveis dos estabelecimentos hospitalares da cidade de Porto Alegre. Esta caracterização foi realizada durante o período de
29/11 à 10/12/1999, sendo analisados os resíduos de 17 hospitais de Porto Alegre/RS, encaminhados a Coleta
Seletiva do DMLU (Departamento Municipal de Limpeza Urbana)
1. Introdução
O tema resíduos dos serviços de saúde tem sido muito debatido, nessa última década, sendo considerado polêmico por não haver consenso no entendimento dessa problemática peculiar na ampla discussão sobre o gerenciamento dos resíduos sólidos. As diferentes concepções que permeiam estes debates vão desde as mais alarmistas, que consideram todo o resíduo gerado em um estabelecimento de saúde como infectante, até as mais despreocupadas, que defendem ser estes resíduos iguais aos domiciliares não atribuindo importância específica ao problema. Mesmo que ainda não se tenha uma concepção definitiva sobre o significado desses resíduos para o ambiente e a saúde humana, as posições antagônicas provocam discussões
2. Procedimentos Metodológicos
. A caracterização foi realizada durante o período de 29/11 à 10/12/1999, sendo analisados os resíduos de 17 hospitais de Porto Alegre, encaminhados a Coleta Seletiva. Ao chegar na Unidade de Triagem do Loteamento
Cavalhada, a carga de resíduos recicláveis, equivalentes a geração de dois dias, era despejada sobre uma lona onde se procedia o quarteamento da amostra. Os resíduos presentes neste um quarto eram então segregados quanto a sua composição sendo colocadas em bombonas previamente identificadas: plástico, papel, vidro, metal, isopor, tetra pak e rejeitos. Foram considerados rejeitos os resíduos que apresentaram características de resíduos comuns, tais como as sobras de alimentação, papel toalha e papel higiênico utilizado, bem como os resíduos contaminados tais como curativos, seringas e luvas cirúrgicas.