Coleta Seletiva
De acordo com Pereira Neto (1996), a nova abordagem técnica da questão dos resíduos sólidos urbanos preconiza a adoção de sistemas descentralizados, dentro de um planejamento integrado, e dá ênfase às ações de minimização para solucionar o problema. Uma dessas ações diz respeito à maximização da reciclagem e ao reaproveitamento desses resíduos. A reciclagem tanto pode ser aplicada aos resíduos inertes, como aos resíduos orgânicos. Apesar de a prioridade centrar-se na transformação do estilo de vida e conseqüentemente dos padrões de produção e consumo, a reciclagem também é preconizada como uma ação importante para amenizar o impacto.
Vale neste momento conceituar reciclagem, esta que segundo O’Leary et al. (1999 apud SIMONETTO e BORESTEIN, 2006) consiste em um processo no qual os resíduos que estavam destinados às disposição final, são coletados e então, processados e remanufaturados, ou mesmo, reutilizados. Em um conceito de reciclagem mais didático, Monteiro et al. (2001) elucida que se trata da separação de materiais como: papeis, plásticos, vidros, entre outros, tendo como intuito trazer esse tipo de material de volta à indústria para serem beneficiados.
Além da reinserção de bens na cadeia produtiva, possibilitando uma economia em matéria prima, o processo permite também uma redução da poluição do ar e da água e economia de energia. (IBAM, 2001)
Ainda de acordo com IBAM (2001), é possível afirmar que a implantação de programa de coleta seletiva incentiva o desvio de materiais inorgânicos que seriam encaminhados aos aterros sanitários, também permite economia em energia a partir da reciclagem dos materiais coletados, quando comparado a processos completos de produção. A implantação da coleta seletiva envolve uma série de ações necessárias à sua viabilização, tais atividades acrescentam junto ao programa uma série de responsabilidades educacionais e financeira. Com a adoção da reciclagem, os resíduos sólidos podem se tornar insumos para