Coleta de lixo
A reciclagem de materiais oriundos de descarte doméstico de grande parte do comércio e da área de serviços em geral está inserida no contexto da coleta, disposição e tratamento de resíduos sólidos. Existe uma considerável diversidade de resíduos sólidos que são gerados tanto nas cidades quanto na área rural (Tab. XX). Antes de se pensar na reciclagem deve-se ter em mente que nem sempre todo tipo de resíduo sólido pode ser reciclado mesmo pertencendo a uma classe de produto teoricamente reciclável. Um caso típico são os resíduos hospitalares e da área da saúde em geral ou ainda as embalagens de agrotóxicos e de fertilizantes. Esse tipo de resíduos exige uma disposição adequada e não deve ser usado em programas de reciclagem convencionais.
Tab. XX - Tipologia dos resíduos sólidos gerados em áreas urbanas, industriais e agrícolas.
Origem
Tipo de Resíduo Sólido
Urbano
Residencial;
Comercial e serviços (feiras livres, poda e capina, saúde e construção civil);
Lama de ETE;
Industriais
Indústrias de transformação, alimentícias etc;
Agrícolas
Embalagens de agrotóxicos e fertilizantes
Material de poda;
Excrementos;
Radioativos
Lixo e combustíveis de reatores nucleares;
Raio X;
Armas;
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, são produzidas diariamente duzentas mil toneladas de lixo no Brasil. Os cidadãos que vivem em cidades grandes produzem mais lixo per capta. A tabela abaixo, nos dá uma idéia da produção de lixo por habitante no Brasil (Tab. XX).
Tab. XX – Taxa de produção de lixo per capta em diferentes tipos de cidades brasileiras, segundo o IBGE.
Tamanho da cidade g/hab Pequena
500
Média
700
Grande
1000
Composição do Lixo Doméstico no Brasil
A composição média do lixo na maioria das cidades do Brasil apresenta um elevado teror de matéria orgânica (65%), seguido por papel (25%), metais (4%), vidros (3%) e plásticos (3%)