Colas de fisica
O mundo está diante do desafio de alterar as fontes de energia que movem a economia do planeta. Petróleo e gás natural ainda respondem por mais de 50% da matriz energética mundial, enquanto apenas 13% das fontes de energia do mundo provêm de fontes renováveis como hidroeletricidade, energia eólica e solar. Ao mesmo tempo, o recente avanço na produção dos agrocombustíveis, como o etanol da cana-de-açúcar, tem contribuído para o encarecimento do preço de alimentos, complicando o cenário. As fontes de energia, renováveis ou não, são hoje formas de apropriação de riquezas naturais pelo capital, e formas do capital ser acumulado e reproduzido. Daí que sua exploração e apropriação estão cada vez mais concentradas em poucas e gigantescas corporações e são utilizadas como forma de espoliação da maioria da sociedade.
Mudanças estruturais na matriz energética demoram no mínimo 30 anos para acontecer, o que prolongará a dependência da humanidade do petróleo – 97% do transporte, tanto de mercadorias como de passageiros, é dependente do petróleo. Existem cinco mil mercadorias que são produzidas a partir do petróleo, cuja produção mundial diária é de 85 milhões de barris, a um custo que varia de um dólar a 15 dólares. Atualmente, apenas seis países (Arábia Saudita, Irã, Kuwait, Rússia, Venezuela e Iraque.) controlam mais de 80% da oferta mundial de petróleo e gás. Os sauditas e o Kuwait orbitam na esfera de influência geopolítica dos EUA. Os demais têm problemas políticos com o governo estadunidense, o que complica permanentemente a oferta.
Os EUA consomem 25% do petróleo do mundo, ou cerca de sete bilhões de barris por ano. O país tem reservas pequenas, apenas para quatro anos no nível de consumo atual. Por isto, o governo estadunidense tem tropas na Arábia Saudita (260 bilhões de barris de reservas), promoveu Saddam Hussein e deu fôlego a Bin Laden. Com o primeiro (Saddam Hussein), alimentou o ódio ao Irã (100 bilhões de barris); com o segundo