Colapso de edifícios de bloco cerâmico
Materiais de Construção I
Prof. Rodrigo Martinez Castro
Isabelle Guimarães Paula
Resenha do artigo Colapso de edifícios de blocos cerâmicos, disponível em http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/115/artigo285664-1.aspx, acesso em 15/06/2014.
Em diversas regiões do Brasil, tem-se noticiado casos de comprometimento da segurança estrutural de edifícios de quatro pavimentos construídos com blocos cerâmicos de vedação. Em suma, esse tipo de edifícios é mais sensível a incidentes patológicos de natureza estrutural por vários aspectos, sendo estes ligados à falta de fundamentação de normas técnicas, inobservância de práticas de engenharia consolidadas, bem como falta de projeto estrutural associado ao uso de componentes inadequados para alvenaria estrutural (blocos cerâmicos tipo vedação), em geral com vazados cilíndricos ou prismáticos na direção horizontal.
Os fatores supracitados bem como a correlação de outros em igual desfavor configura diagnóstico de segurança estrutural insatisfatória e consequente ameaça de desabamento por colapso progressivo, fenômeno também conhecido como ruína em cadeia, que corresponde a uma forma de ruína incremental, que se propaga a partir de um dano localizado na estrutura.
Uma estrutura de alvenaria pode sofrer um dano localizado – como, por exemplo, a ruptura de uma parede estrutural que pode ter diversas causas, dentre elas a ocorrência de ações excepcionais, como explosão de um botijão de gás, deficiência de resistência dos materiais, recalque de fundação, erros de projeto, construção e uso, etc.
Para um sistema estrutural bem concebido e dimensionado, espera-se que o efeito do dano localizado seja redistribuído pelos demais componentes estruturais, para que mesmo surgindo trincas e deformações excessivas – não haja rupturas bruscas e colapso catastrófico. Ao contrário, num edifício construído com muitos pontos fracos, a ruína total pode ocorrer a partir de uma falha menor,