Colagem dental

1- INTRODUÇÃO

O traumatismo dentário é uma lesão associada a fatores externos, como violência, acidentes, quedas entre outros. A sua extensão, intensidade e gravidade podem atingir o elemento dentário e as estruturas de suporte. Os danos atingem, geralmente, a região dos dentes anteriores, principalmente em incisivos centrais superiores de crianças e adolescentes, comprometendo a estética (ANDREASEN, ANDREASEN, 2001a). Andreasen e Andreasen (2001a) desenvolveram um sistema de classificação para trauma que inclui dente, tecido periodontal, gengivas e mucosa bucal e injúrias do osso de suporte. Todos os sistemas de classificação têm a finalidade de auxiliar na resolução de casos clínicos. Na classificação dos traumatismos, o autor subdivide os traumatismos de tecidos duros dentários em cinco partes: Trinca; Fratura de Esmalte; Fratura de Esmalte e Dentina; Fratura de Esmalte, Dentina e Polpa; Fratura de Esmalte, Dentina, Polpa, envolvendo periodonto. Antigamente, com os materiais disponíveis, as restaurações de dentes com fratura não complicada de coroa (fratura de esmalte ou esmalte e dentina), tornavam-se bastante difíceis, uma vez que era necessária a confecção de preparos cavitários amplos para proporcionar retenção adequada para diferentes materiais restauradores disponíveis. Em muitos casos, a simples restauração não era possível e os profissionais buscavam as alternativas protéticas, que provocavam o desgaste acentuado de tecido dentário sadio a fim de conseguir retenção e estabilidade do elemento protético (BARATIERI et al, 2001). Após o surgimento da técnica de condicionamento ácido de esmalte conseguido por Buonocore (1955), o tratamento desse tipo de lesão tornou-se mais conservativo, preservando maior quantidade de estrutura dental. A partir daí, passou a ser possível conseguir um bom resultado estético e funcional com a utilização das técnicas adesivas associadas às resinas compostas. Outra forma estética de