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Pinheiro entende que políticas horizontais, além de estarem menos sujeitas à pressão de grupos organizados, possuem maior potencial para impulsionar o crescimento econômico brasileiro.
A visão de Pinheiro para políticas horizontais difere da visão de Kupfer que defende que a política deve ser voltada para setores específicos, ou seja, política vertical.
O leste asiático, assim como o Brasil, apresentou políticas verticais (incentivos fiscais, subsídios diretos e indiretos, proteção comercial, linhas de créditos facilitadas) principalmente entre 1960 e 1980, mas em menor frequência e com duas características marcantes: I) As políticas verticais eram temporárias; II) As empresas beneficiadas pelos programas do governo eram cobradas com metas de desempenho, e se caso não alcançada a meta o subsidio era cortado. Essas duas características não faziam parte do modelo brasileiro de PI. Cabe citar que a política industrial do Leste Asiático criou mecanismos para facilitar a adoção de novas tecnologias, diferentemente do caso brasileiro.
Para Pinheiro a política vertical deve ser adotada apenas se houver uma falha de mercado por meio de intervenção do governo, onde o custo da intervenção do governo não seja maior que o custo da falha de mercado, mas também a intervenção deve ser de caráter temporário e deve cessar uma vez eliminada a distorção que motivou a política.
Pinheiro entende que até certo grau a política industrial mudou a estrutura produtiva brasileira, mas não mudou suficientemente para torná-la autônoma, ou seja, sem uma dependência de intervenção do governo.
POLÍTICA INDUSTRIAL (KUPFER)
Desenvolvimento econômico é mais que crescimento do produto. Desenvolvimento é crescimento com mudança estrutural. É nessa perspectiva que a política industrial deve ser pensada. Cabe à política industrial acelerar os processos de transformação produtiva que as forças de mercado, com lentidão, podem operar e