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Não se pode negar a importância da mídia na modernidade e a prova da evolução humana que ela representa, fazendo o mundo se interligar através de um simples "click", onde notícias podem chegar mais rápido ao estrangeiro do que a quem está ao seu lado (o que pode ser exemplificado no caso da "chacina da candelária", em que o presidente norte-americano ate então, George W. Bush, recebeu a notícia antes mesmo de FHC, representante máximo do governo brasileiro em vigor na época). Porém, como em qualquer outro investimento, é o lucro que a mantém ou, no vocabulário midiático, a audiência. E neste aspecto é onde seus maiores defeitos são expostos.
Como já disse Juremir Machado da Silva (em "A miséria do jornalismo brasileiro", p. 23), na era da informação, a maioria da população brasileira continua desinformada e manipulada. Se a finalidade inicial da mídia era informar, hoje é entreter, divertir, abdicar do conteúdo e procurar distrair o público com programas que julga agradá-lo.
Na seleção do que agrada ao público, surge mais um vilão da informação relevante e do conhecimento: os fait divers, que buscam o conteúdo leve, fácil e claro e pouco ou nada acrescentam ao intelectual do interlocutor.
Qual o papel da mídia na sociedade de hoje? Até que ponto os indivíduos receptores são responsáveis pela sua atual mediocridade? O conteúdo e a forma perderam espaço para a visibilidade. Na sociedade onde "o meio é a mensagem" (McLuhan), poucos se dão conta de