Coisas sobre adm
NOGUEIRA, Marco Aurélio. Em defesa da política. São Paulo: Ed. Senac, 2001. 181p. (Série Livre Pensar; 6)
No primeiro capítulo do livro – Crise –, o autor buscar traçar um paralelo das diversas crises, seus significados e o contexto nas quais elas estão inseridas, objetivando a questão de crise em relação a política, no sentido de dizer que ela “quebra”, põe em xeque alguns conceitos, desorganiza, bagunça, num primeiro momento mostrando ser isso o que afasta os cidadãos da política, fazendo-os perder a confiança.
Nesse mesmo contexto, Marco Aurélio, fala que crise é quando algo “velho” já não consegue se adaptar e dirigir o “novo”. É bem ressaltada a ideia de que as crises não significam a morte de algumas coisas, como no caso dos governos, nem leva necessariamente ao seu fim, mas propicia um momento de mudança, de construir algo novo.
A crise na política é algo que enfraquece alguns sentimentos e instituições, que não beneficia diretamente alguns conservadores e oposicionistas, mas atinge as bases do Estado, suprimidas pelo mercado, ainda mais num mundo em que “o homem é lobo do próprio homem.”
Em suma, há crises e crises, que afetam diretamente a política, que em muitos casos querem conspirar contra ela, pautadas em interesses figurados e estereotipados num extremismo racial, juntando-se a isso, pode se afirmar que a crise vem alimentar o ímpeto de abalar o sistema democrático de direito, causando um processo de desgaste neste.
No segundo capítulo – Risco e sentidos –, os meandros da política são colocados às claras, o “jogo” político, suas ações e suas relações são destacados, algo muito importante de se ressaltar é relação abordada entre os sentidos de dominação e poder, atrelado é claro com a política.
Estando a política inter-relacionada diretamente com as ações dos cidadãos no convívio social, não podendo ficar isolada, o político (um dos