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MARIA AUXILIADORA DE CARVALHO
CESAR ROBERTO LEITE DA SILVA

ECONOMIA
INTERNACIONAL
2~edi~ao

2002

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Editor~

Saralva

• Mercantilismo
• Teoria das Vantagens Absolutas
• Teoria das Vantagens Comparativas
• Fronteira de Possibilidades de Produc;:aoe Prec;:os
Relativos
• Fronteira de Possibilidades de Con sumo e Ganhos de Comercio

P

or que as na90es comerciam? Essa e a pergunta que este capitulo pretende responder.

o born senso nos leva a crer que as na90es comerciam porque podem obter vantagens. Essa afirma9ao, seca e direta, pode nos parecer obvia, mas pas sou a freqtientar as principais obras, os manuais e as discussoes economicas ha apenas pouco mais de dois seculos. Este capitulo vai se ocupar da fase inicial da constru9ao teorica desse argumento, que denominamos teoria cldssica do comercio internacional.
A principio, situaremos historicamente 0 mercantilismo, corrente de pens amento protecionista que enxergava os beneficios do comercio de maneira muito limitada. A doutrina mercantilista, prevalecente durante muitos anos, foi duramente criticada por Adam Smith, que formalizou a teoria das vantagens absolutas, talvez a primeira teoria economica cientifica a procurar demonstrar as vantagens do comercio. o tern a central do capitulo, porem, e uma critic a a propria teoria de Smith.
Trata-se da teoria das vantagens comparativas, formulada por David Ricardo, que sera apresentada em duas etapas. Na primeira, abordaremos 0 principio das vantagens comparativas de forma intuitiva, com exemplos algebricos, mas sem grande preocupa9ao em formalizar os conceitos economicos. Na segunda etapa, o tratamento sera mais rigoroso. Tanto as hipoteses do chamado modelo ricardiano como suas implica90es serao explicitadas. Nessa etapa, apresentaremos diversos conceitos economicos, sempre ilustrados por exemplos praticos.
Por fim, trataremos dos conceitos defronteira de possibilidades de produf;iio efronteira de possibilidades de