Coel
FLIP-FLOP
Introdução
O circuito da Fig.1 mostra um par de portas NOR com interligação cruzada, é chamada de “flip-flop”. Tem um par de terminais de entrada S e R significando “acionar” (set) e “restabelecer” (reset), respectivamente. Utilizaremos estes símbolos S e R não apenas para designar os terminais, mas também para especificar o nível lógico nos terminais. Assim, S=1 indica que a tensão correspondendo ao nível lógico 1 esta normalmente presente no terminal S. de forma similar, os terminais de saída e os níveis lógicos de saída correspondentes são Q e Ǭ. Nesta notação levamos em consideração explicitamente o fato de que, em operação normal, como veremos, os níveis lógicos nas saídas são complementares.
A característica fundamental de um flip-flop é que ele tem “memória”. Isto é, dado que os níveis lógicos presentes em S e R e 0, é possível, a partir do exame da saída, determinar quais eram os níveis lógicos em S e R imediatamente antes de eles atingirem estes níveis atuais.
S
R
Qn+1
Ǭn+1
0
0
Qn
Ǭn
0
1
0
1
1
0
1
0
Não usada
Fig.1
Terminologia
Em relação à discussão que se segue é conveniente introduzir alguma terminologia útil, e será benéfico estar cliente de uma atitude geralmente corrente entre projetistas de sistemas lógicos. Em portas NAND e NOR podemos selecionar arbitrariamente um terminal de entrada e considera-lo como uma entrada habilitar-impossibilitar. Assim, considere uma porta NOR ou OR. Se a entrada selecionada esta na lógica 1, a saída da porta é independente de todas as outras entradas. Esta entrada selecionada assume o controle da porta que esta impossibilitada em relação a qualquer outra entrada. Alternativamente, se a entrada selecionada esta na lógica 0, ela não assume o controle, e a porta esta habilitada a responder a outras entradas. Em uma porta NAND ou AND, a entrada selecionada assume o controle e impossibilita a porta, em relação às outras, quando esta