coche

7594 palavras 31 páginas
Sobre os coches Capítulo VI
O título, como o de outros ensaios, refere-se a uma pequena parte do leque de temas aqui tratados. Montaigne relaciona o fantástico luxo e a magnificência principesca com a crueldade, a vulgaridade e a ostentação dos que nos governam. Por falar das vicissitudes da história da humanidade, do Novo e do Velho Mundo, o capítulo ficou famoso e valeu a Montaigne parte de sua reputação de espírito esclarecido numa época em que não havia muitos assim.
Os coches (que incluem todos os tipos de veículos com rodas, até os carros extravagantes dos imperadores romanos) eram símbolo do luxo. São comparados com a simplicidade das culturas dos índios americanos, que nunca inventaram a roda, não tinham cavalos e usavam o ouro apenas por sua beleza. A simplicidade dos incas e astecas enfatizava ainda mais os horrores da conquista espanhola, imbuída de missão evangelizadora mas na verdade cruel e interessada no ouro. Montaigne se une à crítica que então se fazia às despesas suntuárias do rei Henrique III. As três principais fontes do capítulo são De honesta disciplina, de Pietro Crinito; De amphitheatro, de Justo Lipso; e Histoire générale des Indes, de Francisco López de Gó- mara, que ele leu na tradução francesa.É muito fácil verificar que os grandes autores, escritores de causas, não se servem apenas das que consideram verdadeiras mas também daquelas em que não acreditam, contanto que tenham alguma invenção e beleza. O que dizem é engenhoso e pensam que falam de modo útil e verídico. Não podemos nos assegurar da causa última, portanto acumulamos várias para ver se, por acaso, ela estará entre esse total,
Namque unam dicere causam,
Non satis est, verum plures unde una tamen sit.473
Indicar uma só causa não basta, é preciso dar muitas, das quais uma só será a verdadeira.
Perguntais-me de onde vem esse costume de dar a bênção a quem espirra?
Produzimos três tipos de vento; o que sai por baixo é muito sujo, o que sai pela boca traz

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