Cocaína e Crack
COMPOSIÇÃO QUÍMICA
Erythroxylum coca
A cocaína é extraída das folhas do arbusto da coca (Erythroxylon coca), mas só tem valor comercial quando refinada. A Erythroxylum coca possui gineceu constituído de três carpelos, cálice de cinco sépalas e corola de cinco pétalas. Suas folhas são alternadas, elípticas e pecioladas.
Produção
Deve-se diferenciar a produção da cocaína em dois processos claramente distintos. Na produção industrial de refrigerantes a base de extrato de coca é um subproduto sob alto controle governamental, oriundo da "decocainização" do extrato, que finalmente apresenta dois fins: ou a destruição ou a comercialização altamente controlada para fins de pesquisas biológicas, médicas e de síntese orgânica.
A produção por este processo é uma extração com soluções e solventes adequados, visando retirar o máximo possível da cocaína naturalmente presente nas folhas de coca, visando se chegar a uma concentração que seja permitível pela legislação dos diversos países onde os xaropes básicos dos refrigerantes a base de coca são consumidos.
A produção do alcalóide, historicamente, é a mesma que hoje, em ambiente rústico, é a usada pelos grandes produtores/traficantes de cocaína.
Em recipientes (ou até mesmo buracos no chão, impermeabilizados) é colocada uma grande quantidade de folhas secas de coca, que a seguir, são maceradas com querosene. Após a maceração, as folhas são removidas e transferidas para outro recipiente e mergulhadas em solução de ácido sulfúrico visando acidificar o alcalóide e formar sulfato de cocaína, higrina e outros compostos, solúveis em água. O líquido é então decantado e tratado com alguma substância alcalina, como o carbonato de amônio, o que resulta na pasta base, que é solúvel em solventes orgânicos e insolúvel em água.
A seguir, a pasta base é dissolvida em acetona ou éter etílico, normalmente, que dissolvem a cocaína básica, e com acréscimo de água, precipitam a cocaína, que por filtração encontra-se em elevado