Coca cola - a construção de um mito
O mundo está cansado de saber que Coca-Cola faz mal à saúde. E esse é um assunto tão explorado na mídia que não estou aqui para falar das desgraças que este líquido negro tem causado a milhões de pessoas, mas para comentar um pouco do documentário publicado em DVD pela Revista Superinteressante sob o título Mundo Cola: água, açúcar, gás e propaganda: uma receita de sucesso.
Poucos sabem que a criação da Coca-cola e da Pepsi é uma história de marketing que começou há mais de um século, em meio a poeira e o caos deixado pela Guerra Civil, nos Estados Unidos, em 1865.
A transição da sociedade rural para urbana junto a aceleração do ritmo de vida trouxe uma gama de novos problemas, uma população viciada em analgésicos e morfina. Presa perfeita para uma legião de vendedores de elixires medicinais, ditos “milagrosos”.
Em 1885, o farmacêutico John Pamberton, um gênio das ervas, criou um tônico a base de folha de coca e noz-de-cola com o objetivo de livrar-se do vicio da morfina. Ao provar o xarope sentiu um pronto alivio às dores de cabeça, e pensou: “Se me fez bem, também fará bem à outras pessoas”. Pamberton aumentou a receita e colocou o xarope para ser comercializado na farmácia do Jacob’s.
Ao observar que as pessoas o xarope consumiam sem estarem doentes, devido ao sabor adocicado, John reformulou a receita e criou um Vinho de Coca para ser apreciado nas lanchonetes. Nascia a Coca-cola. Sob o mesmo contexto é criado o xarope de pepsina pelo farmacêutico Caleb Bradhan, com o propósito de auxiliar na indigestão alimentar. Anos depois, surge a Pespi-Cola.
Apartir daí deu-se início a uma batalha de concorrência por meio de táticas publicitárias, pela conquista do mercado ou melhor do mundo.
A Coca-cola conseguia se propagar em todos os cantos da terra, devido a uma grande campanha publicitária feita através de cartazes e anúncios em revistas,