Coberturas e Escadas
O sistema mais comum era o de duas águas. Com cumeeiras paralelas a fachada, evitando o uso de calhas intermediárias. A construção sobre os limites laterais, na expectativa de construções vizinhas de mesma altura, procurava garantir uma relativa estabilidade e a proteção das empenas contra a chuva, o que, quando não era correspondido, se alcançava através do uso de telhas aplicadas verticalmente. Com o uso de mão-de-obra escrava. Variações:
1) Forma:
a. De uma água (ou meia-água): Constituído de apenas uma água, este tipo é geralmente usado para pequenos vãos, anexos e construções mais simples. A aresta superior denomina-se cumeeira e a inferior beiral.
b. Cangalha, de duas águas: Constitui-se de dois planos inclinados cuja interseção define a cumeeira.
i. Empena ou oitão: Nas paredes laterais surgem planos triangulares acima da linha do beiral.
ii. Frontão: Empena voltada para a frente do terreno limitada inferiormente por uma cornija.
c. De três, quatro ou mais: Com águas de área triangular entre os espigões, chamadas de tacaniça ou copiar; e os rincões na interseção de águas que se cortam.
2) Estruturas:
a. Frechais: Com águas de área triangular entre os espigões, chamadas de tacaniça ou copiar; e os rincões na interseção de águas que se cortam. b. Ripas - (varas, de fibra ou de réguas, com mais de 0,05m) Para receberem as telhas sem alinhamento e com máximo aproveitamento do material, são colocados bem próximos uns dos outros.
c. Terças e caibros podem ser de pau roliço.
d. Cumeeira - são sempre argamassadas, com telhas colocadas longitudinalmente, cobrindo o entorno de duas águas.