Cobaias
As células-tronco, também conhecidas como células-mãe ou células estaminais, são células que possuem a melhor capacidade de se dividir dando origem a células semelhantes às progenitoras.
As células-tronco dos embriões têm ainda a capacidade de se transformar, num processo também conhecido por diferenciação celular, em outros tecidos do corpo, como ossos, nervos, músculos e sangue. Devido a essa característica, as células-tronco são importantes, principalmente na aplicação terapêutica, sendo potencialmente úteis em terapias de combate a doenças cardiovasculares, neurodegenerativas, diabetes tipo-1, acidentes vasculares cerebrais, doenças hematológicas, traumas na medula espinhal e nefropatias. O principal objetivo das pesquisas com células-tronco é usá-las para recuperar tecidos danificados por essas doenças e traumas. São encontradas em células embrionárias e em vários locais do corpo, como no cordão umbilical, na medula óssea, no sangue, no fígado, na placenta e no líquido amniótico.
Entenda a evolução das pesquisas com células-tronco
As pesquisas com células-tronco embrionárias humanas - células que podem se transformar em qualquer tipo de tecido - são muito recentes. O primeiro relato de estudos utilizando células-tronco de embriões humanos, segundo artigo do professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), José Roberto Goldim, é de 1998, nos Estados Unidos. Pesquisas com as chamadas células-tronco adultas, como as provenientes da medula óssea e as do cordão umbilical de recém-nascidos, já não são tão novas, mas, segundo a professora de Hematologia da Faculdade de Farmácia também da UFRGS e especialista no assunto, Patrícia Pranke, apenas em 1968 foi realizado o primeiro transplante de medula óssea com sucesso no mundo. "Na realidade quando se fala em transplante de medula óssea, a gente está falando em transplante de células-tronco", explica Pranke.
Vinte anos depois foi realizado o primeiro transplante de células-tronco