Coagulação química
A coagulação é empregada para a remoção de material em suspensão ou coloidal. Os colóides são apresentados por partículas que tem uma faixa de tamanho de 1 nm (10-7) a 0,1 nm (10-8), e causam cor e turbidez. As partículas coloidais não sedimentam e não podem ser removidas por processos de tratamento físicos convencionais. Os colóides possuem propriedades elétricas que criam uma força de repulsão que impede a aglomeração e a sedimentação. Na maior parte dos efluentes industriais o colóide possui carga negativa (Eckenfelder, 1989). Se suas características não forem alteradas, permanecem no meio líquido. Para que
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0511120/CA
as impurezas possam ser removidas, é preciso então alterar algumas características por meio da coagulação, floculação, sedimentação (ou flotação) e filtração. É comum referir-se aos sistemas coloidais como hidrófobos ou suspensóides quando repelem a água, e como hidrófilos ou emulsóides quando apresentam afinidade com a água (Di Bernardo, 2005). A matéria particulada na água residuária é na maior parte orgânica. As condições de mistura e de floculação para a agregação de colóides orgânicos serão diferentes daquelas empregadas para colóides inorgânicos: as superfícies hidrofílicas destas partículas orgânicas reagem diferentemente à adição de coagulante. Em geral, coagulante é o produto químico que é adicionado para desestabilizar as partículas coloidais de modo que possa formar o floco. Em geral são utilizados sais de alumínio e ferro. Floculante é o produto químico, geralmente orgânico, adicionado para acentuar o processo de floculação (Metcalf & Eddy, 2003). A maioria dos floculantes usados consiste em polieletrólitos tais como derivados de poliacrilamida e de poliestireno (BekriAbbes, Bayoudh e Baklouti, 2007). A coagulação é o processo de desestabilização das partículas coloidais de modo que o crescimento da partícula possa ocorrer em conseqüência das colisões entre partículas