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O Cirque du Soleil foi criado em 1984 em uma cidadezinha perto de Quebec City, ele é, essencialmente, um circo sem animais, une artistas de rua, palhaços, acrobatas e ginastas para criar e apresentar espetáculos teatrais e de dança. Segundo Marc Gagnon, Vice Presidente Operacional (COO), o objetivo com relação aos clientes se resume em “quando um cliente entra sob a lona, está prestes a ter uma experiência inesquecível”. O atual presidente e CEO, Guy Laliberté é ex-músico e engolidor de fogo, está no grupo desde o início, e se esforça para manter os ideais iniciais do Cirque, inclusive declarou, no programa de TV “60 Minutes”: “Jamais venderei ações da companhia”, visando não ter que modificar o rumo de suas decisões devido as vontades de acionistas.
No Cirque é evitado o uso da palavra produto, os artistas odeiam essa palavra e já aconteceram discussões por causa disso, eles não gostam de ser uma companhia que fornece produtos, e sim uma companhia de “trabalhos artísticos”. Em relação ao valor dos ingressos, em geral o Cirque não queria cobrar muito do seu público, segundo Martin Dumont, diretor interino da turnê de “Dralion” nos EUA, “Alguns de nossos fãs têm dinheiro, mas outros são ou foram artistas”.
A contratação dos artistas certos é um desafio constante para o Cirque, segundo Murielle Cantin, diretora de elenco do Cirque, que ilustra sua atuação com a frase “Estamos tentando encontrar, em um deserto, a pérola que irá se encaixar no anel perfeito”. Para a contração é levava em consideração as necessidades não-artísticas dos artistas, pois existe um impacto do Cirque na vida deles devido a viagens e ao novo estilo de vida. No elenco já foram incluídas crianças que viviam nas ruas do Brasil, e suas vidas mudaram. Quando encontram só uma pessoa talentosa em um vilarejo africano por exemplo, eles não levam, porque é difícil demais para a pessoa, é importante levar pelo menos 2 pessoas talentosas, para que possam se apoiar