Clima e cultura
Walter Camuri em seu artigo, uma proposta de revisão bibliográfica, destaca as rápidas mudanças que as organizações têm de conviver atualmente para se manterem competitivas, explicitando que, muitas vezes, a cultura da empresa torna-se empecilho às transformações de cenário.
A cultura organizacional, conjunto de crenças, valores, ideologias e práticas, é alicerçada pelo fundador – responsável pela sua constituição e formação. Neste ínterim, aspectos como: inovação e ousadia, atenção aos detalhes, busca de resultados, concentração nas pessoas, orientação para a equipe, agressividade e estabilidade – são primordiais para a sua definição e influenciam na decisão das empresas. Em função dessas características é que a cultura de uma empresa assume sua definição.
A cultura explica o comportamento das organizações e de seus membros, ajudando a tracejar o futuro e refletindo os valores empresariais que sustentam a organização.
Schein, estudioso da administração, acredita que a identificação da cultura e do aprendizado ocorre em três níveis: artefatos, valores e pressupostos básicos. Artefatos configuram aspectos visíveis, audíveis e sensitivos. Os valores representam critérios manifestos e explícitos da cultura, racionalizados, tomadas de decisão. Já os pressupostos básicos são condutas que, devido ao seu uso costumeiro, refletem a conduta típica.
Cultura é tudo que socialmente é aprendido e partilhado pelos membros da sociedade, o individuo recebe a cultura e a remodela e introduz mudanças.
Santos (1992, p.26) enfatiza que a cultura:
É poderoso instrumento para tentar explicar ou predizer o comportamento das organizações e de seus membros; a cultura de cada organização é como a personalidade de cada indivíduo: única e singular; reprimindo, aprovando ou e estimulando certas ações comportamentais, a cultura organizacional também acaba funcionando como um mecanismo de controle