Cleptomania
A Cleptomania caracteriza-se pela recorrência de impulsos para roubar objetos que são desnecessários para o uso pessoal ou sem valor monetário. Esses impulsos são mais fortes do que a capacidade de controle da pessoa, quando a idéia de roubar não é acompanhada do ato de roubar não se pode fazer o diagnóstico. Devemos estar alerta para ladrões querendo passar-se por cleptomaníacos. Dinheiro, jóias e outros objetos de valor dificilmente são levados por cleptomaníacos, ainda menos se os impulsos são em sua maioria para objetos de valor, se alguma vez a pessoa leva um objeto valioso, sendo na maioria coisas inúteis, pode-se admitir o diagnóstico, caso contrário, não. Acompanhando o forte impulso e a realização do roubo, vem um enorme prazer em ter furtado o objeto cobiçado. Numa ação de roubo, o ladrão não experimenta nenhum prazer, mas tensão apenas e posterirmente satisfação, não faz isso por prazer.
Diagnóstico
A cleptomania já vem sendo estudada há muitos anos, mas é de difícil diagnóstico por conta do preconceito do próprio paciente. Saber que o ato de furtar é socialmente condenado faz com que o paciente geralmente procure o psiquiatra por outros problemas, como depressão, ansiedade e transtornos de personalidade.
Segundo a psiquiatra, o aparecimento da doença costuma ocorrer no final da adolescência e início da idade adulta. "Apesar de existirem poucos estudos científicos sobre a cleptomania, ela parece acometer as mulheres mais frequentemente (mais ou menos 2/3 dos casos). Mas não se sabe se isso ocorre pelo fato de as mulheres procurarem mais ajuda do que os homens", explica a Dra. Mara.
A doença pode aparecer combinada a outro transtorno psiquiátrico e o tratamento também é um grande problema para os médicos, pois nem sempre atinge o resultado esperado.