Claudio Manoel da Costa
Palavras inconfidentes: a contribuição dos intelectuais árcades1
RESUMO
Fala-se, neste seminário, sobre a autenticidade da natureza árcade do poeta Cláudio Manuel da Costa, que estudou em colégios Jesuítas brasileiros e depois concluiu os estudos em Coimbra, conhecendo a poesia clássica. Foi o fundador da arcádia brasileira, dessa forma, ele também é um dos principais poetas árcade brasileiro do período do século XVIII. Através do seu envolvimento na conjuração mineira, criou-se o objetivo de combater os autos impostos cobrados pela metrópole e tornar a cidade Vila Rica, hoje chamada de Ouro Preto, independente de Portugal. Serão apontadas uma análise, aos moldes de Roncari (2002), seu Soneto XIV- encontrado em seu famoso livro, Obras, de 1768- o qual está presente o tema da tranquilidade do campo em oposição da vida urbana, tema cada vez mais concretizado na atualidade, por conta da idealização da imagem do campo, como um local puro, inocente, lugar onde, as perturbações que acometem o viver não conseguem adentrar. Apresenta-se, também, a fusão da característica “fugere urbem” em conexão com o poeta Carlos Drummond de Andrade, natural de Itabira- MG e formado em Farmácia. Suas obras acompanham a evolução dos acontecimentos, registrando coisas que o rodeiam no dia-a-dia. O poema “Morte nas casas de Ouro Preto” de Carlos Drummond, tem uma relação intensa com os poemas do autor Claudio Manuel da Costa, pois, no último período da estrofe traz a anáfora fortificada pela aliteração de ponte e pedra seguida da cambraia de Nize. No entanto, essa citação da musa é carregada de peso histórico, levando em consideração que se trata de entidade da Arcádia. Nos versos desses poetas a memória e a pedra consagram-se como signos insistentes. Através da pedra, inscrevem-se a nostalgia, ou seja, o amor melancólico de Claudio por Nize, a busca das raízes e a necessidade do retorno à casa, às origens.
Palavras-chave: Claudio Manuel da Costa; Fugir da