Claude Chabrol - O Hitchcock Francês
É considerado por muitos críticos o inaugurador da Nouvelle Vague, percorrendo com bom humor 2 meio-século de carreira, independententemente de qualquer escola, porém como crítico reconhecido, engraçado, guloso, apreciador de boa cozinha e de bom vinho.
Fiho único3 de Madeleine, nascida Delarbre, e de Yves Chabrol, ele nasceu apesar das advertências de médicos recomendando o aborto porque a mãe estava grávida de três meses, após haver sido descoberta inanimada ao mesmo tempo que seu marido por causa de um aquecedor defeituoso. Claude Chabrol tratou da questão do aborto em vários filmes que fez ulteriormente.
Desde os 4 anos de idade, começou a frequentar as salas de cinema parisienses4 . Seu pai, farmacêutico e resistente francês, enviou o filho durante a Segunda Guerra Mundial para a casa de sua avó paterna, em Sardent, no departamento da Creuse. Mais tarde, Claude Chabrol contou que tornou-se projecionista numa sala de cinema que ele inventou aos 11 anos de idade, numa garagem desocupada. Na realidade, o cinema sardentês foi criada em 1942 pelo engenheiro Georges Mercier, Claude Chabrol tendo inventado este episódio na biografia que lhe fez Wilfrid Alexandre, escrita sob o controle de Chabrol5 .
De retorno a Paris após a libertação da França, Chabrol começou a estudar direito, período em que encontrou Jean-Marie Le Pen, que mais tarde se tornaria presidente da Frente Nacional, partido conservador e ultradireitista francês6 .Depois, sob a influência parental, começou a estudar farmácia mas sem convicção, estudos que abandonou após haver quadruplicado o primeiro ano7 .
Atraído pelo cinema, entra em 1955 como auxiliar de imprensa na 20th Century Fox, porém continuou a trabalhar como crítico de cinema ao lado de François Truffaut e Jacques Rivette, seus solegas nos Cahiers du cinéma, atividade que