Classissismo e humanismo
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O Classicismo, que começou a ganhar corpo nos alvores do renascimento e ficou definitivamente estruturado na 2ª metade do séc. XVI, é uma estética que estabelece um rigoroso sistema de regras próprias dos vários géneros literários: o épico (entre nós representado pela epopeia “Os Lusíadas”); o lírico (com as suas formas fixas, como o soneto e o seu verso decassilábico, a cancã, a écloga, a elegia, a epístola, o epigrama, a ode, a sextilha, o epitalâmio e o ditirambo); e o dramático repartido em tragédia e comédia. As suas principais características são:• A Exaltação do Homem (antropocentrismo), em contraste com o teocentrismo medieval;
• Predomínio da razão sobre o sentimento evitando-se os voos da imaginação e os caprichos da fantasia;
• Imitação da Natureza pela Arte, sendo a paisagem sempre amena, idealizada, convencional e artificial, excluindo o insólito ou acidental, a fim de poder reflectir oo intemporal, o eterno, o essencial;
• Imitação dos autores gregos e romanos, adoptando temas, usando a mitologia, criando formas poéticas e introduzindo géneros literários;
• Valorização da Arte como expressão da cultura, estudo e bom gosto;
• Sujeição a regras rígidas de conteúdo e forma;
• Justa proporção, equilíbrio e comedimento, de tal forma que as personagens se comportassem de harmonia com a sua condição social, se omitissem expressões e vocábulos grosseiros, não se tratassem assuntos escabrosos, se proscrevessem cenas violentas e cruéis, …
O Humanismo O Humanismo parte do estudo da cultura antiga e, com base nela, valoriza tudo o que é humano e exalta os valores do Homem como centro do Universo (antropocentrismo). No séc. XVI, o pensamento incide mais na vida do Homem, cidadão do mundo, e no mundo, pátria do Homem. Como tinham feito os melhores de entre os gregos e romanos, generaliza-se a tendência para valorizar, no curto espaço de tempo que medeia entre o berço e o túmulo, tudo quando pode elevar a vida do Homem