Classificação da pele
Uma vez que o ato estético e a escolha de produtos dermo-cosméticos dependem desde logo do diagnóstico da superfície cutânea do paciente, coloca-se a questão como proceder , e neste aspecto concreto, a Bioengenharia cutânea introduziu uma verdadeira inovação – a possibilidade de superar a até então utilizada restritiva classificação (visual, subjetiva e totalmente dependente da experiência do observador) de “tipos de pele”, permitindo, por meios científicos, adotar o estado funcional da superfície cutânea, um conceito mais realista e personalizado. A classificação clássica da pele, a mais utilizada, distingue a existência de quatro tipos principais: normal, seca, oleosa e mista. Esta classificação, além de insuficiente, é susceptível de criar alguma confusão (pele seca em água ou gordura, por exemplo) e, na verdade devemos sublinhar que a caracterização visual da pele, para ser executada, deverá ser tão completa quanto possível. A título de exemplo, vejam-se os dados a que deveremos atender, com este fim. Em primeiro lugar, o paciente deverá ser previamente caracterizado, observando-se uma certa seqüência, em termos de se observarem: • Hábitos diários: antecedentes cutâneos, hábitos alimentares, higiene regular, condições do ambiente em que trabalha ou vive, terapêuticas em curso • Caracterização sumária da pele: aspecto aparente, estado da superfície, idade aparente • Hábitos cosmetológicos: freqüência, tipos de cremes e produtos que utiliza. Rotinas de limpeza • Perspectiva dermatológica: vascularização, tonalidade, função sebácea, espessura • Caracterização global complementar do chamado “tipo de pele” em questão. Uma vez cumpridos estes passos, deve-se agora tentar caracterizar a superfície cutânea segundo o esquema tradicional. No entanto, dever-se-á atender às diferenças existentes dentro de cada um destes tipos de pele: PELE NORMAL (Pele com característica normal) Apresenta secreção sebácea e sudorípara equilibradas