Classicismo
Contexto histórico.
Entre os anos de 1400 e 1650, a Europa viu surgir um movimento artístico que acabou sendo o agente transformador de diversas ideologias do homem da época, afetando áreas como a fé, a política e a filosofia. Este movimento é conhecido nos dias de hoje como Renascimento. Tal nome é dado pelo fato de tal escola buscar uma verdadeira retomada dos ideais e características artísticas da antiga Grécia. O classicismo é considerado o retrato vivo do Renascimento, que surgiu principalmente por conta do intercâmbio cultural que começou a acontecer entre o Oriente e o Ocidente, nessa época. A urbanização e o aperfeiçoamento da imprensa também foram fatores importantes para que a corrente se desenvolvesse.
O Renascimento ou Classicismo: introdução.
O termo clássico, na arte, significa principalmente a busca pela perfeição estética. A excelência nos detalhes e o grande trabalho despendido nas obras do classicismo mostram algo que Friedrich Nietzsche classificou como sentido apolíneo: a busca pelo equilíbrio e pelo rigor na pureza da forma. Em contrapartida ao estilo romântico, que buscava maior ligação com a emoção e mais liberdade em suas construções, os clássicos se comprometem diretamente com o pensamento artístico da Grécia antiga, baseados no estudo de Aristóteles.
Classicismo em Portugal:
Em Portugal, o Classicismo foi iniciado em 1527, com o poeta Francisco de Sá Miranda. Este, após viver um período na Itália, veio com grandes ideias de renovação literária, apresentando o soneto (14 versos com 10 sílabas, distribuídos em duas estrofes com quatro versos e duas estrofes com três versos), construção poética ainda desconhecida.
Além de Sá de Miranda, também foram destaques do Classicismo português Bernardim Ribeiro e Antonio Ferreira. Entretanto, o nome mais célebre desse período foi, sem dúvida, Camões.
Camões publicou, em 1527, o famoso poema épico “Os Lusíadas”, que narra os grandes feitos do povo português. Sua obra