Classes sociais
Os estudos sobre classes sociais trazem à luz, invariavelmente, o desenvolvimento do tema das desigualdades econômicas. São várias as leituras e entendimentos a cerca do conceito de classe social que se organizam em torno de elementos fundamentais. Faz-se necessário desenvolver minimamente o debate sobre a atualidade dos estudos sobre as classes. Muitas são as críticas, na academia e fora dela, sobre a importância da análise das desigualdades sociais através desta perspectiva. Há um generalizado entendimento sobre a relevância deste tema que impõe a idéia de que as desigualdades caminham na maioria das vezes de forma independente da posição ocupada pelos indivíduos em uma dada estrutura de classes. É o discurso “resposta” ao chamado determinismo econômico, que compreende como fator determinante das desigualdades sociais as questões econômicas advindas do posicionamento dos indivíduos no processo de produção e no mercado. Neste sentido, é necessário compreender os fatores impulsionantes deste embate teórico.
Afirmo que as desigualdades sociais são produtos da condição de acesso desproporcional aos recursos, materiais ou simbólicos, fruto das divisões sociais. E uma das referências teóricas que utilizo para tal definição compreende que não parece ser cientificamente eficiente a análise da desigualdade a partir de uma única variável
(classe, raça, sexo...) enquanto uma variável determinante deste fenômeno. Interessante é, analisar de forma concatenada as importantes variáveis impulsionantes das desigualdades a fim de estabelecermos um desenvolvimento de sua gênese, levando em consideração o tempo e o espaço no qual elas se desenvolvem.
Não afirmo aqui que as desigualdades advindas da divisão da sociedade em classes sociais explicam tudo, ou quase tudo, relativo a vida social da era